9 de dezembro de 2008

Silêncio

...

Não tenho medo do silêncio
aprendi a viver com ele
conheço a sua entrada
e a sombra do seu olhar.

Não tenho medo da solidão
aprendi como ela abraça os seus crentes.
Não tenho medo da obscuridade
ela me protege na vida e dos beijos ausentes.

Não tenho medo da morte
limito-me a acreditar
ela é absoluta,
transparente e fascinante.

O que me amedronta é na vida
mãos e lábios cerrados,
sem poder fazer nada
cena repetida
prova que o nada existe.

Nocturno

13 comentários:

Paula Barros disse...

Alguns silêncios me inquietam. A distância me incomoda. Seja física, ou a distância que nós seres humanos criamos.

Para mim esses são símbolos de maõs e lábios cerrados. É a pior morte.

Sempre fazendo refletir.


bom dia!

Inside Me disse...

tô fascinada! que beleza de poema! que palavras! lindo demais, parabéns, nocturno

Anónimo disse...

Aprenda com o silêncio que tudo tem um ciclo,
como as marés que insistem em ir e voltar,
os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar,
como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo.

Aprenda com o silêncio a respeitar a sua vida,
valorizar o seu dia, ver em você as qualidades que você possui,
equilibrar os defeitos que você tem e saber que precisa corrigir
e ver aqueles que você ainda não descobriu.

Bjs

CarlaSofia disse...

Querer fazer algo, mas ser sempre impedido desgasta uma alma que só pode encontrar a sua paz na liberdade.
beijinho de luz

Celamar Maione disse...

Quem não tem medo da morte, também não tem medo de viver.
O silêncio, muita vezes, é preciso.
Belas e boas palavras, Nocturno.
Grande beijo

Selena Sartorelo disse...

Apenas escrevi
pensando e sentindo o que li
Não tenho medo do barulho
Tenho o meu silêncio
Que acalma minha alma
transformando
meu ver você em luz.
Não preciso da sua companhia
para sentir-me acompanhada
conheço tua essência
Tua energia é a mesma que a minha
Não preciso da tua presença para amar você. O tempo mede tuas vidas.
O passado sinônimo de saudade.O presente é a vida. O futuro o nada.
O tempo é sempre o momento percebido pelo seu significado.
E tua sensibilidade é tanta que trás no mesmo tempo, a tristeza sentida pelo teu amor.
A única e possível afirmação capaz de fazer, é que; Na vida a única coisa que consigo dizer ser absoluta é a vida que reconhece o absoluto amor.
As possibilidades da tua
dor ou do teu amor

Nocturno,
perdoe-me a insanidade

abraços
Selena

[ rod ] ® disse...

O mais assustador é certamente a vida viva e pulsante... pronta para sucumbir os nossos ideais desejos.

Aos outros e a nós mesmos em estado sozinho... a compreensão parece ser um ato abstrato de reflexão...

casual e non sense...

Abçs meu caro.

Vim te visitar e,




Difícil é conjugar o amor no ato das tentativas...

Bj moça e,



Há coisas que marcam... e uma delas é uma bela tatuagem trançada num belo corpo.

Abçs meu caro,




O antigo blog O AveSSo dA ViDa agora se chama dogMas.


Novo Dogma:
doM...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Little-Star disse...

Olá Amor!

Silêncio....
é um abismo
um não manifestado
Um grito sufocado
Não tenho medo da morte,
muito menos da vida....
Mas por vezes me mete medo o barulho da vida
Bonitas palavras, como sempre
Quem escreve assim, não recebe silêncio nem tão pouco dá silencio
Amo-te

Carla disse...

...assusta essa vida cerrada...talvez por não ser vida!
beijos

Cleo disse...

O que me amedronta é na vida
mãos e lábios cerrados,
sem poder fazer nada

Isso sim é silêncio.

Lindo poema, de um significado profundo.

Beijos Noturno.
Cleo

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Aqui chorei. O belo as vezes me faz assim: chorar!

Little-Star disse...

um beijo com saudades
Amo-te

Lurdes Pereira disse...

"Não tenho medo do silêncio"...
Talvez o medo seja mesmo o das palavras contidas, daquelas que não se dizem e gritam dentro da alma...

Obrigada por teres regressado...
Beijo silêncioso...